Acapulco figura no imaginário midiático como símbolo da paz pequeno-burguesa. Descontraídos turistas desfrutam, a cada ano, férias paradisíacas em suas praias. Sob sol abrasador e luares ao som de boleros, as classes médias ali reciclam o astral ou retemperam as energias para enfrentar as agruras de um cotidiano rotineiro. Mas a capital mexicana da indústria do lazer foi palco de uma batalha não captada na essência pelos radares da imprensa internacional. Ela eclodiu há vinte anos, nos estertores da Guerra Fria. Alongou-se em ritmo telenovelesco. E foi solucionada contingencialmente. Sem lágrimas ou happy end.
|